segunda-feira, 16 de abril de 2012

CAMPEONATO PARAIBANO 2012


Botafogo-PB vence o clássico e se mantém na briga pela classificação


O Botafogo-PB precisa vencer o Treze para continuar sonhando com a classificação para a segunda fase do Campeonato Paraibano. Mas vencer o líder e ainda por cima depois de uma semana conturbada, com dispensa de jogadores e a polêmica dos ingressos, era algo impensável para muitos torcedores.

E quem não foi ao estádio perdeu simplesmente a melhor partida do Belo no ano. Jogando com muita raça, o time empolgou a torcida e conseguiu uma vitória dramática, de virada, com gols de Edgard e Jales. Para o Galo, Doda abriu o placar no início do primeiro tempo.

De qualquer forma, a vitória não mudou muito a situação do clube pessoense. Isso porque o Botafogo continua na sexta colocação, com os mesmos três pontos de diferença para o G4. A vantagem é que o Belo terá pela frente os dois últimos colocados nas próximas rodadas, Esporte de Patos, na quarta-feira, e Flamengo-PB, no próximo domingo.

O jogo

O Treze começou a partida dando a impressão que venceria com facilidade. Logo aos 35 segundos de jogo, veio a primeira finalização, numa cabeçada de Thiago Cunha.

E o Galo seguiu na pressão até marcar o primeiro gol, aos 8 minutos.Depois de boa jogada de Ferreira, Doda apreceu na área para abrir o placar no clássico. Um gol mais do que merecido, já que o Belo não conseguia sequer passar do meio-campo até aquela altura.

Mais uma vez perdido no esquema 3-5-2, o Botafogo por pouco não leva o segundo no mlance seguinte. Thiago Cunha desperdiçou. O zagueiro Ronan, que assumiu a condição de titular com a saída de Rodrigo Rizzo (um dos cinco jogadores dispensados na semana), dava calafrios na torcida. Inseguro e atabalhoado, ele quase proporciona gol para Márcio Carioca, aos 21 minutos.

Foi a gota d'água para o técnico Neto Maradona perder a paciência de vez com defensor. O comandante colocou o atacante Yla em campo, voltando ao 4-4-2. Coincidência ou não, na primeira jogada de ataque do Botafogo, veio o empate. Leomir fez grande jogada com direito a elástico em seu marcador e cruzou para a área. Edgard pegoude primeira para deixar tudo igual.

Após o gol, o atacante Vavá, que não foi relacionado para o jogo, provocou a torcida do Botafogo nas cedeiras do Almeidão. Houve um princípio de tumulto e os seguranças do Galo acharam melhor tirar o jogador dali.

Em campo, o Botafogo passava a dominar as ações. Aos 28, Edgard caiu na área pedindo pênalti. O árbitro João Bosco Satyro deu cartão amarelo por simulação ao jogador do Belo.

Cada goleiro ainda fez uma boa defesa na primeira etapa: Genivaldo, num chutaço de Márcio Carioca, aos 34; e Danilo, evitando o gol nos pés de Erivelto, aos 42.

Virada no segundo tempo

O Botafogo começou a segunda etapa da mesma forma que terminou a primeira: com mais posse de bola e encurralando o Treze em seu campo de defesa. A situação do Galo piorou ainda mais com a saída de Márcio Carioca, machucado. Manú entrou no ataque.

Logo depois, mais uma alteração: saiu Neto Maranhão para a entrada de Rone Dias.
Aos 14 minutos, mais uma chance incrível despediçada pelo Botafogo. Erivelto, na cara de Danilo, não teve calma para marcar o segundo.

E a tarde continuou negra para o Treze. Aos 19, Rone Dias deixou o campo sentindo um estiramento. Marcelo Vilar, então, teve que queimar a terceira alteração, colocando em campo Cleyton Cearense.

O segundo gol do Botafogo parecia ser uma questão de tempo. O Belo esteve perto disso aos 24 minutos, numa cobrança de falta de Nino Paraíba. Danilo mandou para escanteio. No contra-ataque, no entanto, o Galo também levava perigo. Tanto que Ferreira soltou uma bomba e a bola chegou a bater na trave de Genivaldo.

Aos 35, o gol que fez justiça ao maior domínio botafoguense. Depois de mais uma falta na entrada da área, Jales (que entrara minutos antes) desviou de cabeça e fez explodir a torcida no Almeidão: 2 a 1 em cima do Treze, àquela altura, já perdendo a liderança para o rival Campinense.

Neto Maradona tratou de segurar a vantagem, colocando o meia Diego no lugar de Edgard. Nem precisava disso. O Treze já estava entregue e as melhores chances continuaram do lado do Botafogo.

A prova do espírito de garra do Botafogo veio nos pés de Rogério, que ao cortar dois ataques do Treze comemorou como se tivesse marcado um gol. Foi a senha para a torcida botafoguense explodir de vez.

Nem mesmo os cinco minutos de acréscimos diminuiu a animação. Pelo contrário, o torcedor do Botafogo parecia querer saborear cada minuto da improvável vitória. E por pouco não comemorava o terceiro gol, de novo com Jales, aos 46.

Finalmente, o apito final. Botafogo 2 a 1 no Treze. O G4 ainda é possível. Choro, abraços e desabafos dos jogadores. O goleiro Genivaldo, que teve mais uma atuação destacada, resumiu o momento.

- Esse é um grupo de homens. Quem ficou aqui foram os homens.

O Botafogo vai a 25 pontos e continua atrás do Nacional-P (26), Sousa (28), Paraíba (28), Treze (30) e do Campinense (30). Mesmo que a classificação não venha nas próximas rodadas, a festa da torcida na saída do estádio foi digna de título.

Já o Treze perdeu o primeiro lugar para o Campinense no saldo de gols - 16 a 10. Nas duas próximas rodadas, os Maiorais de Campina vão brigar pelo primeiro lugar que vale vantagem no mata-mata e presença assegurada na finalíssima do Campeonato Paraibano.

Com GE

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