A vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo, no Morumbi, espantou um início de crise no Fluminense. Turbulência que Abel Braga considera ser possível existir somente entre os jogadores. Seguro de si, o técnico compara seu relacionamento com a diretoria com a de marido e mulher, que só pode ser rompido com insatisfação plena de um dos lados.
"Treinador e clube é como um casamento. Quando eu não estiver feliz, vou embora. Este direito que tenho de sair também dou a eles. Mas estou contente aqui. Estou no Rio de Janeiro, no meu clube, no clube no qual o meu filho joga. Estou feliz da vida", insistiu o treinador. O sentimento, contudo, ganhou mais um motivo com o triunfo na capital paulista.
"A única diferença do bom para o mau resultado é a tristeza ou a alegria. E estou feliz. O time não estava jogando mal e, pode parecer soberba, mas, pela quantidade de vezes que chegamos ao gol, poderíamos ter ganhado de mais. Os atletas estão de parabéns", enalteceu. Os elogios são feitos pelo comandante exatamente para valorizar seus atletas.
"É um resultado que dá confiança e moral para os jogadores, não para mim. Estou muito calejado para isso. Se eu mostrar insegurança ou fragilidade, eles não acreditarão em nada que eu falar", considerou Abel.
A impressão deixada após a derrota para o Botafogo no sábado, porém, era outra. Mas agora o técnico faz até graça.
"No domingo, muitos não estavam felizes comigo e estive quase convicto de que me mandariam embora. Acho que não tinha gente no mercado...", completou.
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