domingo, 13 de maio de 2012

CAMPEONATO PAULISTA


Santos volta a vencer Guarani e leva tri paulista após 43 anos


A partida deste domingo foi bem mais difícil que o primeiro jogo da final

Após conquistar a Copa Libertadores em 2011, a geração de Neymar e Ganso conseguiu neste domingo repetir mais um feito do memorável Santos de Pelé da década de 1960. Com uma vitória por 4 a 2 diante do Guarani, no Estádio do Morumbi, o time da Vila Belmiro se sagrou tricampeão paulista pela terceira vez em sua história, completando a trinca de títulos 2010-2011-2012. A última vez em que uma equipe havia vencido três Estaduais seguidos em São Paulo havia sido em 1967-1968-1969 - justamente o time alvinegro comandado por Pelé.
A partida deste domingo foi bem mais difícil que o primeiro jogo da final, na semana passada, quando o Santos fez 3 a 0 sobre o clube de Campinas, no mesmo Morumbi. Desta vez, o confronto começou em ritmo frenético e viu quatro gols em apenas 16 minutos: Alan Kardec e Neymar marcaram para os alvinegros, enquanto Fabinho e Bruno Mendes fizeram do lado alviverde. No segundo tempo, porém, o artilheiro Neymar (20 gols no Paulista) marcou em um belo chute, e Alan Kardec fez nos acréscimos o quarto.
O Campeonato Paulista de 2012 foi o terceiro título do técnico Muricy Ramalho no Santos desde o início do ano passado, quando chegou no meio da disputa da Libertadores. Foi também a quinta conquista de Neymar como profissional pela equipe - ele esteve presente nos três triunfos estaduais, na Copa do Brasil de 2010 e na Libertadores de 2011.
O jogo
As equipes não apresentaram surpresas nas escalações: Muricy seguiu improvisando Henrique na lateral direita e manteve Alan Kardec no ataque ao lado de Neymar, enquanto Vadão apostou em Medina na vaga do lesionado Fumagalli no meio de campo. O jogo mal havia começado, porém, e o Guarani já via sua missão ficar ainda mais complicada: com 1min, Neymar enfiou ótima bola para Elano, que tocou para a segunda trave e viu Alan Kardec entrar de carrinho para balançar as redes.
Mesmo com a desvantagem de quatro gols no somatório das partidas, o time campineiro não se abateu. O empate veio só três minutos depois: Danilo Sacramento foi lançado pela esquerda e bateu fraco, mas o goleiro Rafael falhou e deixou a bola escapar, permitindo que Fabinho concluísse e empatasse o jogo.
Frenética, a partida viu mais dois gols nos minutos seguintes. Com 8min, Juan tentou o passe para Neymar na área e a bola bateu no braço de Fábio Bahia. O Guarani reclamou, mas o pênalti foi marcado e convertido pelo próprio Neymar. E de novo a equipe do interior reagiu rápido: aos 16min, Fabinho fez boa jogada pela esquerda, cruzou rasteiro e contou com falha bisonha de Durval, que deixou a bola limpa para o garoto Bruno Mendes fazer 2 a 2.
O ritmo diminuiu depois do quarto gol e o Guarani seguia equilibrando as ações. O maior perigo que o Santos levava era nos contra-ataques, e Alan Kardec quase fez de novo aos 22min. A reposta bugrina veio 10 minutos depois: Medina chutou forte de dentro da área e Rafael fez grande defesa, e no rebote Bruno Mendes errou a cabeçada, praticamente recuando para o goleiro santista.
O Guarani ainda perdeu outra grande chance graças à ótima intervenção de Rafael, que saiu fechando nos pés de Medina nos acréscimos do primeiro tempo. Vadão não mudou nada no intervalo e a partida seguiu disputada no início da segunda etapa, com o Santos levando cada vez mais perigo com arrancadas e contra-ataques.
O tempo passava e, com a falta de mais gols do Guarani, o sonho do título para a equipe bugrina ia ficando cada vez mais impossível. Até que veio o "golpe de misericórdia", aos 26min. Juan fez grande jogada pela esquerda e tocou para trás. Neymar recebeu a bola e, de primeira, acertou um chute seco no contrapé do goleiro Emerson, balançando as redes pela 20ª vez no Paulista.
Neymar passou a abusar dos dribles nos minutos finais, à medida que se aproximava a conquista. Já nos acréscimos, após lindo passe de Ganos, Alan Kardec driblou o goleiro e marcou o quarto gol, definindo de vez um título que, nos últimos anos, virou rotina para o Santos.

Terra

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